Agosto Lilás é o momento de ter empatia, escuta ativa e compreensão com mulheres que vivem uma luta dia após dia, onde as suas cicatrizes são mascaradas com sorrisos, onde as suas dores são mascaradas pelo silêncio.
Enquanto isso, mulheres que vivem um cenário de dor, luta e sofrimento, onde você mantém sua voz calada e se engana com a ilusão de que o dia seguinte será diferente com:
“Ele te ama”.
“Ele teve um dia ruim”.
“A culpa é minha”.
E há muito mais afirmações que você repete para si mesma como mantra a fim de se convencer quando esses tipos de situações acontecem, não?
O primeiro ponto é ele não te ama, pois o amor não machuca e não te trata dessa forma tão impiedosa, pelo contrário, é altruísta, compassivo, gentil e amoroso.
O segundo ponto é teve um dia ruim, você sabia que todos têm dia? Mas, isso não dá direito de descontar fisicamente e psicologicamente nas outras pessoas.
O terceiro ponto é que a culpa não é sua, você não tem que se culpar de sofrer traumas físicos, emocionais e psicológicos, mas sim naquele que te acarreta tal sofrimento.
Sabe qual é a verdadeira denúncia?
Que você merece viver em paz de forma plena, sem precisar ficar tremendo ou abaixar a cabeça toda vez que alguém falar mais alto.
Pois isso não é viver, mas sim passar por um processo de sobrevivência, onde os seus instintos e reflexos agem primeiro mesmo com as pessoas que realmente se importam verdadeiramente com você!
Isso cria barreiras e muros em relação ao seu coração e a sua confiança, mesmo com todas as provas possíveis que alguém novo entre na sua vida não é um monstro, todas as suas crenças estão abaladas, não é?
Agosto Lilás serve mais do que um combate pelo fim da violência contra a mulher, mas sim mostrar que há pessoas do seu lado dispostos a te ajudar, te ouvir e estar ao seu lado, sem julgamentos.
A melhor coisa que você pode fazer por si mesma, mesmo que leve tempo, é se permitir sentir, viver e experimentar as coisas boas da vida. Não deixar que o monstro que passou pela sua vida vença e se apodere da sua vida mesmo estando longe.
Como a Lei Maria da Penha é essencial para sua proteção?
De acordo com a Lei n° 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, tem como objetivo de proteger a mulher da violência doméstica e familiar.
“A Lei ampara todas as pessoas que se identifiquem com o sexo feminino, sendo heterossexuais, homossexuais e mulheres transexuais. Além disso, criou o juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher, sua finalidade é trazer um atendimento mais célere para mulher resolver ações cíveis e criminais em uma mesma vara”.
Tem como critério de prestar assistência à vitimas de violência em múltiplos setores, como psicológico, social, médico e jurídico a fim de trazer o suporte necessário para que possa ajudar no processo de recuperação.
Lembre-se: essa lei foi feita para que você tenha proteção que a Maria da Penha não teve para ter um apoio legal da justiça brasileira, compreensão e solidariedade.
Você não está sozinha: redes de apoio e canais de denúncia
Esse é o mantra que deve repetir para si mesma: você não está sozinha!
Seja familiar, amigos, grupos de apoio, médicos e psicólogos, eles estão com você nessa batalha para te prestar assistência que for necessária!
O nosso maior erro é que, às vezes, nos calamos, não deixamos transparecer e nos fechamos em nosso mundo até que seja tarde demais.
Os nossos sinais de pedido de ajuda podem acabar não sendo vistos ou escutados porque as pessoas vivem presas nas suas lutas do dia a dia para acabar não prestando atenção, no entanto, isso não quer dizer que elas não estejam dispostas a te oferecer uma mão, um ombro amigo e estar ao seu lado para o que der e vier.
Pensando nisso, para facilitar a sua luta ou para que outra pessoa intervenha por você, existe o dique denúncia 180 – Central de Atendimento à Mulher, com objetivo de ser anônimo, eficaz e 24/7 para ter assistência de ser ouvido, compreensivo e auxiliar nos próximos passos para ser protegida pela lei.
Conscientização salva vidas: por que falar sobre Agosto Lilás importa?
Segundo os dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, entre os anos de 2015 e 2024, foram registradas 11.650 ocorrências de feminicídios e 29.659 ocorrências de homicídio doloso e lesão corporal seguidas de morte de mulheres no Brasil.
“Esses números somam 41.309 casos de mortes violentas de mulheres no período”.
Nós da Original Portas, vimos a necessidade de falar sobre Agosto Lilás, pois todo ano há registros de mulheres sendo violentadas fisicamente e psicologicamente como você viu acima, aumentando o sofrimento e a desconfiança de viver em paz, onde os traços mais comuns são dessa tragédia são:
Olhar sobre o ombro toda vez que está na rua para não ser violentada;
Ter cuidado com quem namora, pois nunca se sabe;
E até mesmo se sentir estranha perto de familiar porque ele é tudo menos boas intenções.
Lembre-se, você não está sozinha!
Estamos aqui por você, pois todas merecem viver uma vida plena e digna com direito de ter suas próprias conquistas e derrotas, mas sem manipulação emocional e, muito menos, sofrer agressões por isso.
Você é incrível e deve viver dia após dia em paz, sem sombras obscuras rondando ou manipulando o seu bem-estar.
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